Em comemoração ao cinquentenário do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), em setembro, o Núcleo de Ópera (NOP) da Bahia está ensaiando uma ópera com a participação dos terreiros tombados pelo instituto, uma autarquia da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA). A novidade foi anunciada ontem (15) no Palácio da Aclamação, no Campo Grande, na abertura da 15ª Semana de Museus Dimus/IPAC.

“O IPAC encomendou ao NOP a ‘Ópera dos Terreiros’, que estou compondo e, cujo libreto está sendo escrito pelo secretário da Cultura, Jorge Portugal. Ele teve uma ideia maravilhosa ao unir a ópera com a cultura dos terreiros de candomblé. Vai ser muito forte, bonito e baiano. Só na Bahia se pode fazer uma ópera assim e depois levar para o mundo tudo isso. Todos os ensaios estão sendo aqui no Palácio da Aclamação, e a apresentação será no dia 15 de setembro, na Praça das Artes, no Pelourinho”, conta o maestro do NOP, Aldo Brizzi.

Durante a mesa redonda com músicos do NOP e o chefe de gabinete do IPAC, Ivan Teixeira, representando o diretor do instituto, foi anunciada a temporada 2017 do Núcleo, que faz residência artística no Palácio da Aclamação desde janeiro deste ano. “Primeiro vamos ter o ‘Oratório de Santo Antônio’ em forma de “ópera junina” no Solar Ferrão, no Pelourinho, nos dias 11, 12 e 13 de junho”, diz Brizzi.

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CORAL DO IPAC – “Aqui nos sentimos em casa. O NOP está ensaiando o Coral do IPAC, que está sendo retomado, por enquanto, com dez colaboradores, para se apresentar na ‘ópera junina’ junto com o nosso Coro Madrigal. Estou fazendo todos os arranjos para dois coros, como se fazia em San Marco, em Veneza, no século XVII”, afirma.

Segundo Brizzi, também será reapresentada no Palácio da Aclamação, ao menos quatro vezes, a Ópera Treemonisha. “Vamos realizar ainda saraus gratuitos do nosso coral para funcionários da área do Campo Grande, entre 12h às 13h. O primeiro será com músicas de Dorival Caymmi e outros grandes nomes que cantaram o mar, com um regente novo, Edson Lucas, que é um tenor que veio do Neojiba”, diz.

“Outra novidade é a apresentação de Treemonisha, com produção baiana, em Lisboa, no mês de novembro, e há ainda a possibilidade de irmos para a Itália. É a primeira vez que uma companhia de ópera da Bahia sai pelo mundo”, comemora.

 DINAMIZAÇÃO – O chefe de gabinete do IPAC, Ivan Teixeira, celebra a parceria com o NOP. “Acho que o Aldo é uma figura, cuja imaginação combina muito bem com esse projeto atual do IPAC de fazer com que a dinamização dos espaços esteja sintonizada tanto com o tradicional quanto com o novo”, afirma Teixeira.

O evento no salão nobre do solar oitocentista ontem foi realizado pela ONG Roda Baiana e Com Arte Produções Artísticas com apoio do IPAC e patrocínio do Banco do Nordeste e do Ministério da Cultura. O lançamento da 15ª Semana de Museus contou com apresentação de várias da Ópera Treemonisha, cuja temática trata do respeito à diversidade racial, o papel da mulher na sociedade, a importância da educação e da instrução.

Em fevereiro deste ano, o NOP lançou a programação anual de ensaios e apresentações artísticas no Palácio da Aclamação. O evento contou com a presença do cantor e compositor Gilberto Gil, padrinho do Núcleo, além de integrantes do Cortejo Afro. “A gestão cultural e a sociedade, junto com aqueles que têm projetos e iniciativas, como aqui no Palácio da Aclamação, precisam se unir. Esse tipo de iniciativa do IPAC, de implantar o Núcleo de Ópera nesse espaço do Palácio é fundamental, pois nos permite caminhar”, disse Gil.

O núcleo é formado por cerca de 70 músicos, cantores e bailarinos e fez a estreia mundial da versão em português da ópera Treemonisha, com orquestração de Aldo Brizzi, no último dia 26 de janeiro no Teatro Castro Alves, equipamento também da SecultBA. Dividida em três atos, a obra do americano Scott Joplin (1868-1917), considerado o rei do ragtime, foi a primeira ópera escrita por um compositor negro que se tem notícia.

A programação do NOP faz parte do projeto de dinamização de espaços do IPAC. Além do NOP, o solar oitocentista foi sede de variados eventos com propostas artísticas e culturais neste ano, dentre eles a ‘Feira Pedra Papel Tesouro’, a solenidade de doação do acervo de Roberto Santos (ex-governador da Bahia), ensaios fotográficos para o editorial de moda Bazar (do Jornal Correio) e cenário para gravações de ‘Édipo Rei’, peça francesa dirigida por Gilles Pastor que tem previsão de estreia no final de agosto em Lyon, na França.

15ª SEMANA DE MUSEUS – Temporada cultural coordenada pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) que acontece todo ano em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio). A 15ª Semana de Museus acontecerá até o próximo domingo (21) nos diversos museus do Brasil. Com a temática “Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus”, a 15ª Semana de Museus acontece mais de mil museus de todo o país, oferecendo ao público três mil atividades especiais como visitas mediadas, palestras e oficinas.

 Acompanhe a programação dos museus do Estado no blog: https://dimusbahia.wordpress.com/.

O Palácio da Aclamação integra a Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (DIMUS/IPAC), unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).

 

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Crédito das fotos: Jefferson Vieira

Núcleo de Comunicação – Ascom Dimus
Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia Palácio da Aclamação – Avenida 7 de Setembro, 1.330, Campo Grande – CEP 40.080.001(71) 3117-6445

Jornalista responsável: Yara Vasku (71) 99119-7746
dimusbahia.wordpress.com

facebook.com/museusdabahia

Publicado por: museusdabahia | março 30, 2016

MAB PROMOVE SIMPÓSIO “MEMÓRIA CRÍTICA DO GOLPE”

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Dentro da concepção de museu como lugar de inquietações, o Museu de Arte da Bahia promove no seu auditório nesta quarta-feira, dia 30 de março às 19h o Simpósio “Memória Crítica do Golpe”, 52 anos depois do golpe de 1964.
O evento contará com a participação do ministro da Cultura Juca Ferreira, Eliana Rolemberg, Emiliano José, Giulia Pegna, Haroldo Lima, José Carlos Zanetti, Renato da Silveira e Vera Rocha. O evento será mediado por Pedro Arcanjo, diretor do MAB.
O Simpósio contará ainda com a participação do maestro Carlos Prazeres tocando oboé e o pianista Eduardo Torres. A entrada é gratuita.
O Museu de Arte da Bahia é vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural – IPAC – autarquia da  SecultBA.

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Estão abertas as inscrições para o 2º Festival Infantil de Declamação de Poemas de Castro Alves e para a 15ª edição do Festival de Declamação de Poemas de Antônio de Castro Alves que acontecem em 12/03, às 10h e às 13h, respectivamente. O festival faz parte das comemorações pelos 169 Anos de Aniversário de Nascimento do Poeta Castro Alves, em 14 de março (Dia Nacional da Poesia), que acontece no Parque Histórico Castro Alves (PHCA), no município de Cabaceiras do Paraguaçu, Recôncavo baiano – local onde nasceu o poeta.

Festival de poema 2015 ft.Lazaro Menezes (75)

Para se inscrever é necessário entrar em contato com o PHCA através do telefone (75) 3681-1102 ou pelo e-mail renyparquehistorico@gmail.com. A idade máxima para participar do 2º Festival Infantil de Declamação de Poemas de Castro Alves é 13 anos e será solicitada a autorização de um responsável. A premiação dos vencedores acontece em 14/03, às 11h30, no PHCA.

O evento – uma iniciativa da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC) – já é tradição na cidade e reúne pessoas de diversas regiões e de todas as idades que prestam homenagem ao grande poeta baiano, autor de Espumas FlutuantesVozes D’África e O Navio Negreiro. O evento será realizado no Parque Histórico Castro Alves (PHCA), localizado na Fazenda Cabaceiras, local onde nasceu o poeta. A diretora da DIMUS, Ana Liberato, explicou que o festival foi criado para homenagear o poeta Castro Alves e incentivar a juventude a usar a poesia para manifestar seus sentimentos. “Os poemas do grande poeta expressam o seu romantismo, o seu amor à pátria, além do intenso sentimento libertário”, acrescenta.

No festival, os jurados analisam: originalidade (criatividade utilizada para a apresentação do poema), dicção (clareza das palavras pronunciadas na declamação), fluência verbal (correção e a pronúncia das palavras) e fidelidade ao texto (exatidão e o respeito a todos os versos e palavras do poema). Os jurados serão: Edvard Passos (encenador, dramaturgo e pesquisador das relações de Castro Alves com o teatro e a teatralidade); Eliene Diniz (socióloga com experiência na área de Literatura); Kátia Borges (jornalista e escritora); Osvaldina Cezar (museóloga e coordenadora do Centro Cultural Solar Ferrão) e Patrícia Santos (Professora Mestre em Comunicação Museológica pela UFRB).

 

SERVIÇO: 169 Anos de Aniversário de Nascimento do Poeta Castro Alves

Quando: 12, 13 e 14 de março de 2016

Onde: Parque Histórico Castro Alves (PHCA)

Endereço: Praça Castro Alves, nº 106, Centro, Cabaceiras do Paraguaçu/ BA

Tel.: (75) 3681-1102

Realização: PHCA/DIMUS/IPAC/ SECULT-BA

Gratuito     

 Parque Histórico Castro Alves_Foto por Lázaro Menezes

Sobre o PHCA: Por conta do primeiro centenário da morte de Castro Alves, em março de 1971 foi inaugurado, no lugar onde ele nasceu, o museu biográfico Parque Histórico Castro Alves (PHCA), numa área de 52 mil metros quadrados. O acervo convida os visitantes a mergulharem no universo do porta-voz literário da Abolição da Escravatura no Brasil. Visitação: terça a sexta, das 9h às 12h e 14h às 17h. Fins de semana e feriados, das 9h às 14h. Entrada: grátis.

O poeta: Antônio de Castro Alves, mais conhecido como Castro Alves, o poeta dos escravos, nasceu na Bahia, dia 14 de março de 1847, na Fazenda Cabaceiras, comarca de Muritiba, hoje município de Cabaceiras do Paraguaçu. Famoso pelas fortes críticas à escravidão fez parte da Terceira Geração da Poesia Romântica (Social ou Condoreira), caracterizada pelos ideais abolicionistas e republicanos, sendo considerada a maior expressão da época. Suas obras são: Espumas Flutuantes, Gonzaga ou A Revolução de Minas, Cachoeira de Paulo Afonso, Vozes D’África, O Navio Negreiro, entre outras. Em 1862 ingressou na Faculdade de Direito de Recife, após ter feito o curso primário no Ginásio Baiano. É dessa época a composição dos primeiros poemas abolicionistas: Os Escravos e A Cachoeira de Paulo Afonso. Em 1867, retorna para a Bahia e segue, no mesmo ano, para o Rio de Janeiro, com incentivos promissores de José de Alencar, Francisco Otaviano e Machado de Assis. Depois, em São Paulo, encontrou a mais brilhante das gerações, a exemplo de Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Rodrigues Alves, Afonso Pena, Bias Fortes, para citar alguns dos notáveis. Neste período, viveu seus dias de maior glória. Em 11 de novembro de 1868, caçando nos arredores de São Paulo, feriu o calcanhar esquerdo com um tiro de espingarda, resultando-lhe na amputação do pé. Em seguida, contraiu tuberculose, obrigando-o a voltar à Bahia, onde morreu, em 1871.

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Estão abertas as inscrições para o 2º Festival Infantil de Declamação de Poemas de Castro Alves e para a 15ª edição do Festival de Declamação de Poemas de Antônio de Castro Alves que acontecem em 12/03, às 10h e às 13h, respectivamente. O festival faz parte das comemorações pelos 169 Anos de Aniversário de Nascimento do Poeta Castro Alves, em 14 de março (Dia Nacional da Poesia), que acontece no Parque Histórico Castro Alves (PHCA), no município de Cabaceiras do Paraguaçu, Recôncavo baiano – local onde nasceu o poeta.

Festival de poema 2015 ft.Lazaro Menezes (75)

Para se inscrever é necessário entrar em contato com o PHCA através do telefone (75) 3681-1102 ou pelo e-mail renyparquehistorico@gmail.com. A idade máxima para participar do 2º Festival Infantil de Declamação de Poemas de Castro Alves é 13 anos e será solicitada a autorização de um responsável. A premiação dos vencedores acontece em 14/03, às 11h30, no PHCA.

O evento – uma iniciativa da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC) – já é tradição na cidade e reúne pessoas de diversas regiões e de todas as idades que prestam homenagem ao grande poeta baiano, autor de Espumas FlutuantesVozes D’África e O Navio Negreiro. O evento será realizado no Parque Histórico Castro Alves (PHCA), localizado na Fazenda Cabaceiras, local onde nasceu o poeta. A diretora da DIMUS, Ana Liberato, explicou que o festival foi criado para homenagear o poeta Castro Alves e incentivar a juventude a usar a poesia para manifestar seus sentimentos. “Os poemas do grande poeta expressam o seu romantismo, o seu amor à pátria, além do intenso sentimento libertário”, acrescenta.

No festival, os jurados analisam: originalidade (criatividade utilizada para a apresentação do poema), dicção (clareza das palavras pronunciadas na declamação), fluência verbal (correção e a pronúncia das palavras) e fidelidade ao texto (exatidão e o respeito a todos os versos e palavras do poema). Os jurados serão: Edvard Passos (encenador, dramaturgo e pesquisador das relações de Castro Alves com o teatro e a teatralidade); Eliene Diniz (socióloga com experiência na área de Literatura); Kátia Borges (jornalista e escritora); Osvaldina Cezar (museóloga e coordenadora do Centro Cultural Solar Ferrão) e Patrícia Santos (Professora Mestre em Comunicação Museológica pela UFRB).

 

SERVIÇO: 169 Anos de Aniversário de Nascimento do Poeta Castro Alves

Quando: 12, 13 e 14 de março de 2016

Onde: Parque Histórico Castro Alves (PHCA)

Endereço: Praça Castro Alves, nº 106, Centro, Cabaceiras do Paraguaçu/ BA

Tel.: (75) 3681-1102

Realização: PHCA/DIMUS/IPAC/ SECULT-BA

Gratuito     

 Parque Histórico Castro Alves_Foto por Lázaro Menezes

 Sobre o PHCA: Por conta do primeiro centenário da morte de Castro Alves, em março de 1971 foi inaugurado, no lugar onde ele nasceu, o museu biográfico Parque Histórico Castro Alves (PHCA), numa área de 52 mil metros quadrados. O acervo convida os visitantes a mergulharem no universo do porta-voz literário da Abolição da Escravatura no Brasil. Visitação: terça a sexta, das 9h às 12h e 14h às 17h. Fins de semana e feriados, das 9h às 14h. Entrada: grátis.

O poeta: Antônio de Castro Alves, mais conhecido como Castro Alves, o poeta dos escravos, nasceu na Bahia, dia 14 de março de 1847, na Fazenda Cabaceiras, comarca de Muritiba, hoje município de Cabaceiras do Paraguaçu. Famoso pelas fortes críticas à escravidão fez parte da Terceira Geração da Poesia Romântica (Social ou Condoreira), caracterizada pelos ideais abolicionistas e republicanos, sendo considerada a maior expressão da época. Suas obras são: Espumas Flutuantes, Gonzaga ou A Revolução de Minas, Cachoeira de Paulo Afonso, Vozes D’África, O Navio Negreiro, entre outras. Em 1862 ingressou na Faculdade de Direito de Recife, após ter feito o curso primário no Ginásio Baiano. É dessa época a composição dos primeiros poemas abolicionistas: Os Escravos e A Cachoeira de Paulo Afonso. Em 1867, retorna para a Bahia e segue, no mesmo ano, para o Rio de Janeiro, com incentivos promissores de José de Alencar, Francisco Otaviano e Machado de Assis. Depois, em São Paulo, encontrou a mais brilhante das gerações, a exemplo de Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Rodrigues Alves, Afonso Pena, Bias Fortes, para citar alguns dos notáveis. Neste período, viveu seus dias de maior glória. Em 11 de novembro de 1868, caçando nos arredores de São Paulo, feriu o calcanhar esquerdo com um tiro de espingarda, resultando-lhe na amputação do pé. Em seguida, contraiu tuberculose, obrigando-o a voltar à Bahia, onde morreu, em 1871.

Publicado por: museusdabahia | novembro 24, 2010

Encontro Baiano de Museus reuniu mais de 300 participantes

A Diretoria de Museus do Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural – DIMUS, ligada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, promoveu nos dias 17, 18 e 19 de novembro o 2º Encontro Baiano de Museus, no Palácio Rio Branco. Durante três dias de intercâmbio, discussão e construção coletiva, 343 pessoas se reuniram para pensar caminhos de Inovação e Sustentabilidade para os museus e espaços culturais baianos. A Dimus agradece a participação dos representantes vindos de 36 municípios baianos e de 13 territórios de identidade. Com muito compromisso e disponibilidade, profissionais, artistas, gestores, produtores culturais e estudantes trocaram experiências e concretizaram os objetivos do evento. A diretoria também agradece o envolvimento dos palestrantes convidados, responsáveis por partilhar suas práticas e propostas.

O II Encontro Baiano de Museus incorporou as indicações propostas na primeira edição, buscando responder às demandas apontadas e reunir experiências inspiradoras. Numa perspectiva política, o evento propôs mesas que abordaram temáticas relativas à sustentabilidade, institucionalização e a assuntos atuais do setor como o Estatuto dos Museus, que foi apresentado por Mario Chagas, diretor de Processos Museais  – IBRAM, a demanda de criação de Redes de Educadores e Museus, palestra ministrada pela Professora Maria Célia Moura Santos. Houve espaço para temas mais técnicos como o Sistema de Documentação e Acervos Museológicos, que foi encabeçado por Simone Trindade Silva, que vem prestando consultorias e propondo práticas inovadoras. Um total de 83 instituições museais e centros culturais participou do evento, que também teve transmissão em tempo real, no site do Fórum Permanente. Aproximadamente 350 pessoas acompanharam as mesas e palestras do evento pela internet.

Outro ponto importante do evento foi o lançamento do Acervos Bahia, que consiste num banco de dados informatizado que irá possibilitar a documentação e a pesquisa on line de todo o acervo museológico do IPAC, aumentando a segurança sobre obras, objetos e mobiliários dos museus e coleções. O que em si já revela um pouco do que foi tocado nas discussões poéticas: a aliança entre memória e tecnologia. Museus que aliam tecnologia, novas mídias e arte deram seu recado como o Museu da Imagem e do Som/Paço das Artes, dirigido por Daniela Bousso e do Museu Tomie Othake, que teve sua experiência revelada pelo diretor Bruno Assami. Referência na America Latina, o Museu de Ciência e Tecnologia da Uneb, mostrou um pouco de sua trajetória.

A reflexão sobre o papel dos museus na contemporaneidade. Marisa Muniz, fundadora do Museu do Sertão Antônio Coelho, de Remanso, definiu bem o papel dos museus: preservar a memória e salvaguardar a cultura. Esse princípio permeou as conversas e apresentações do encontro, que também revelou o trabalho do trabalho do tradicional Museu Carlos Costa Pinto e as práticas de marketing cultural e fomento à cultura do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília. Entre as possibilidades de atuação mais contemporânea e aliada aos anseios do mercado, duas apresentações foram marcantes: Moacir dos Anjos, curador da Bienal de Arte de São Paulo e Fernanda Feitosa, diretora do São Paulo Arte.

O encontro também foi enriquecido com os balanços de gestão, assim como mostra do cenário nacional e estadual das políticas de museus, com apresentações de José Nascimento Júnior, presidente do IBRAM, Daniel Rangel, diretor da DIMUS e Solange Farkas, diretora do MAM – BA. Assim como na primeira edição, a Dimus produziu uma pesquisa qualitativa ouvindo os participantes do evento. Os dados deverão ser tabulados e partilhados em breve, aferindo as impressões dos participantes sobre Encontro, mas também extraindo direções para realização da próxima edição, em 2011. Até lá com muito trabalho e inspiração.

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